"Morte"

"Morte"

Eu não sei se a morte é tão justa
A ponto de eu ter que aceita-la
Pois nada tão brusco me abala
E tão pouco eu sei seu endereço
Nem se a sua visita eu mereço
Pois a todos ela chega e cala
Não conheço um que mais alto fala
E por ela eu não tenho apreço
Pois um lote de vida não tem preço
Quando a morte chega e se instala

=Geonaldes Elhembeg de Sousa Gomes= 26/ 04/ 2013

"Eu nem cavo e nem tiro a terra"

"Eu nem cavo e nem tiro a terra"

Em negócio torto, com embaraço
Com tudo caminhando pro errado
Vou saindo loo de perto, para o lado
Por temer lenha no meio do espinhaço
Pois do tamanduá, temo o abraço
Aprendi com meu pai no pé da serra
Que o homem quando é certo e erra
Causa em sua vida grande embaraço
Por isso, em negócio todo torto
Eu nem cavo e nem tiro a terra

=Gonaldes Elhemberg de Sousa Gomes= 26/ 04/ 2013.

Toada "Borboleta-azul-seda"

Toada "Borboleta-azul-seda"

Vou correr o mundo inteiro
Em busca do amor dela
Revirar os quatro cantos
Batendo porta e janela
O mundo será pequeno
Pois continuo sofrendo
Ausência da minha bela

Seus olhos serão as luzes
Dos becos e das veredas
Seu peito será jardim
De flores em alameda
Para mim só tem um jeito
É eu ir morar no peito
Da borboleta-azul-seda

Seus lábios belos de mel
E o seu olhar faceiro
Me lançam à caminhada
Me faz pisar em braseiro
O cheiro do seu perfume
Me faz morrer de ciumes
Do vento e do arvoredo

Estradas que vem e vão
Amores que não se encontram
Destinos que se separam
Dores que nos desapontam
Nesta busca incessante
Sou apaixonado errante
Rezando a ultima conta

=Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes= 20/ 04/ 2013

"EU e Tu e Tu e Eu"

"EU e Tu e Tu e Eu"

Tudo para quando meu olhar e o seu
Em um flerte, se miram na retina
Com duas almas limpas e cristalinas
Dão ao amor o grande apogeu
São dois corações o seu e o meu
Dependentes e total entrelaçados
Siameses que não são separados
Pois Deus quer, atesta e até assina
Meu amor com a rosa das mais lindas
Neste mundo já mais é igualado

=Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes = 12/ 04/ 2013.

"SICRANO LADRÃO"

"SICRANO LADRÃO"

Não quero ter por acaso
O que o acaso não me deu
Quero minhas conquistas
E nunca o que é seu
Pois tenho a inspiração
Força, fé e retidão
Fundamentado em Deus

Não quero tua arrogância
A tua brutalidade
Tua vã frágil justiça
Repleta de impunidade
Teus desvios de conduta
Não afligem minha luta
De moral e honestidade

Enriquecimento ilícito
Afanos e supressão
O teu nome é "SICRANO"
De codinome "LADRÃO"
A tua carne avarenta
Expurgo fede, nojenta
No cume da podridão

Não quero ser eminente
Propenso a coação
Te nivelas ao que quero
Pautado na retidão
Pois somos dois exemplos
Duas almas em dois templos
E só um tem salvação

=Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes= 09/ 04/ 2013