quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Vou tocar o meu vinil
E você o seu CD,
Vou usar minha vitrola
E você o DVD.
Não me fale em pen drive,
Isso causa um entrave,
Coisa que você não ver.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

“Ambrosina, a videira de 100 anos”


“Ambrosina, a videira de 100 anos”


A história que agora lhes conto
Está no presente e no passado,
E aos olhares dos interessados
Se precisar eu conto e reconto,
Vou fixando tudo ponto a ponto
Revirando a nossa Araripina ,
Pois contar história é minha sina
Esta causa em mim maior afeto
“É, Hoje está fazendo um Século
Do nascimento de Ambrosina”.



I
Vou ao tear da história
Direto para o passado,
Andando no túnel do tempo
À base de um centenário.
Daqui ou de lá para cá,
A história eu vou contar,
Tudo bem esmiuçado.

II
Tome nota do que digo
Pra não fazer confusão,
Saiba que Joaquim Venâncio
Foi amigo de Lampião.
Lá no sítio Bela Vista,
Virgulino e sua crista,
Rendiam-se ao patrão.

III
Para que você me entenda
Vou falar bem explicado,
São 36500
Os dias, tudo somado.
Do nascimento pra cá,
Pode sentar e contar,
Que duvido dar errado.

IV
Joaquim Venâncio Coelho
Da prole o patriarca,
Josefa Teles de Menezes
A base forte da arca.
Celebraram a união,
Deram vida a onze irmãos,
Deixando aqui suas marcas.

V
E Ambrozina nasceu
Ela e mais dez irmãos,
Como dez se somam dedos
Na conta das duas mãos.
“15" sei que foi o ano,
Dezembro vinha passando,
E “7” foi o Portão.

VI
De Terra Nova a Nascente
Isso não foi o acaso,
De lá outra mudança
Pois tinha amor no caso.
E em meio a andança,
Se fixou em mudança,
Na bela Lagoa do Barro.

VII
Os joaquins foram Venâncio
Luiz e o Manoel,
Teve Antônio e Cornélio
Era Joaquim pra dedel.
Também vieram as meninas
Embelezar Araripina,
Um precioso plantel.

VIII
Cinco foram os joaquins
E mais foram as meninas,
Feliciana e Pastora
Aidlina e Regina,
No leque se somam seis
Não contou, conte outra vez
Ambrosina e Josefina.

IX
A perda precoce do pai
Trouxe-lhe nobre missão,
Veio à responsabilidade
Na luta pelo quinhão.
Na ausência do patriarca,
Ajudou a matriarca,
Na criação dos irmãos.

X
Tecer redes e varandas
O tear foi sua fonte,
A cada ponto que dava
Mirava no horizonte.
Vencia a dificuldade,
Fazendo da honestidade,
O seu forte, a sua ponte.

XI
Por dez anos Ambrosina
Mostrou-se ser protetora,
Cuidando dos seus filhos
Sempre sendo acolhedora.
Se doava para os outros,
Educava com esforço,
Como uma fiel pastora.

XII
E da casa da vovó
A netarada corria,
É que o tempero dela
A pimenta efervecia.
E quando se ia comer,
Sentia a boca arder,
A molecada gemia.

XIII
Dos onze agora eu falo
De Maria Ambrosina,
Que ao casar-se com Davi
Cravejou a sua sina.
Vinda lá de Terra Nova,
Começou sua nova prova,
Agora em Araripina.

XIV
Sete foram seus rebentos
Do casamento com Davi,
Vou começar por Ester
Edister e Vilani.
Efren e Santíssima,
Auxiliadora a noviça,
Eis Edmilson aqui.

XV
Ester, a Sérgio gerou
Carmem veio a completar,
Dela veio Roger e Nicolas
Para a quota fechar.
Só falta a reação,
O Sergio fazer a ação,
Nem que seja adotar.

XVI
Edister já foi mais longe
Foi amor forte, feitiço,
Como a mãe também foi sete
Tem Socorro e Gildenilson.
Graça e Sebastião,
Petrônio fecha o listão,
Junto a Genilson e Gilson.

XVI.1
De Socorro, Leidjane
Lady-Anne e Lourival,
Formam o trio de netos
São demais, fenomenal.
Gabriele é só festa,
E por já ser bisneta,
Chega botando moral.

XVI.2
De Gilson são seis os netos
Tem Helaine e Andreia
Adegilson e Genesio
Fazem parte da plateia.
E assim a fila anda,
Gilson Filho e a Sandra,
São o ouro da bateia.

XVI.3
Seis também são os bisnetos
Pode começar contar,
José Ítalo, Enzo Luca
Com Pedro pode somar.
Diego Felipe pede,
Sofia e Clara Sanielle,
Para a quota fechar.

XVI.4
De Graça Aila e Davi
Bisnetos chegam a seis,
Maria Fernanda, Camilly
Gabriel é o da vez.
Ailton Lucas e Artur,
Eu vou contar para tu,
O que Maria Luiza fez.

XVI.5
Gindenilson, o poeta
Começa por Gabriela,
Desireé e Gabriel
Luan e a Graziela.
De neta só a Marry,
E outros poderão vir,
Fazer companhia a ela.

XVI.6
Na conta de Genilson
Três somam os seus rebentos,
Igor Ricardo e Rodrigo
Estou contando atento.
Maria Alice a bisneta,
Que aonde vai faz festa,
Sorrindo até pra o vento.

XVI.7
Sebastião ou Bião
Na conta apresenta quatro,
Tem Laísa Gabriele
E Pedro Lucas, um barato.
João Paulo e Mateus,
Fecha a lista dos seus,
Sem bisnetos, é o fato.

XVI.8
A ponta da rama é Petrônio
Seus filhos se somam três,
Com Scarllet e Rawanny
Sem ninguém passar a vez.
Lírian Samira a “belle”,
Vem Yane Gabriele,
E o Piêtro Luiz.

XVII
Vilani ou Vivi
Foram cinco, vou contar,
Vera, Zuilton, Zé Milton
Zilvan também é de lá.
Fechando sua obra prima,
Zuleide bela menina,
Veio à lista encerrar.

XVII.1
Do quinteto de Vivi
Diamantes e topázios,
De Vera Veridiane
João Vitor e Audizio,
Também Sarah Karolina,
No olhar desta menina,
Vejo a cara do prestigio.

XVII.2
Junior veio de Zuilton
Assim como Juliana,
Ricardo forma o trio
Se a conta não me engana.
Ghabriel, Igor e Raíssa,
Com Hudson e Larissa,
Somente gente de fama.

XVII.3
Ana Nelly, Zuilton Neto
João Vitor e Kaique,
Carlos Iêgo e Alisson
Pra contar tem que ter pique.
De Milton tem Daniele,
Junto a ela Cibele,
Por aqui só gente chique.

XVII.4
Tem mais cinco do Zilvan
Renata e Roseane,
Mais Radíga e Rian
Completa com a Raiane.
Parece a epopeia,
Da princesa Niqueias,
Pondo súditos em pane.

XVII.5
André, Ardreza e João Pedro
De Zuleide são as crias,
E do plantel de Vivi
É uma grande bastilha.
Com ela completa a conta
Mas o destina aponta,
Que a lista se amplia.


XVIII
Santíssima bateu recorde
Foram dez, tu podes crer,
Nilson, Neide e Neilson
Nuscilene e Naiclê.
Neilza, Nailton e Nedilma,
Socorro pega e filma
Pra terminar com Nairlê.

XVIII.1
De Tatiane Amely
Davi filho de Daiane,
Adriele só é neta
Conte certo, não se engane.
Com Priscila e Heitor,
Se na conta tu errou,
Chame Neide logo, chame!

XVIII.2
Com medo de ficar só
Neilson quase não para,
Fernando e Gabriela,
Fábio, Gisele e Tainara.
Tem Aline e Priscila,
E para encerrar a fila,
Tainá tem beleza rara.
XVIII.3
Dessa ruma de menino
Conte sete os bisnetos,
Maria Alice na conta
Parte dos tataranetos.
Esta conta é fiel,
Chame Enzo Ghabriel,
Que continua o projeto.

XVIII.4
Taís com Maria Clara
De Nuscilene e raiz,
Também Maria Cecília
Quem vê a cara já diz.
Núria e Andressa Mara,
E esta conta não para,
É coisa que meu Deus quis.

XVIII.5
Laura e Lucas de Nailton
Julia e João Vitor de Naiclê,
Socorro não tem ainda
Nedilma já pode ter.
Isabela e Gabriel,
É menino pra dedel,
Que só vendo para crer.

XVIII.6
E depois de tanta soma
De mexer e remexer,
Com Tarcisio e Tiago
Vejo a conta crescer.
Vou encerrar com Thomás,
Digo e não volto atrás,
Que são filhos de Nairlê.

XIX
Efren ficou só nos quatro
Vem Eliete pra cá,
Claudio foi o segundo
Cristiane vou chamar.
Digamos que Efren é brando,
Fechou a conta em Fernando,
E nada de retomar.

XIX.1
Claudio é Eliete
Cristiane e Fernando,
Karina, Guilherme, Yasmim
Tarcísio está chegando.
Com Tiago e Thomás,
A Luiza vem atraz,
Com a conta encerrando.

XX
Edmilson, um quarteto
Também já parou por lá,
Tem o Elmo e a Isis
Tem Felipe pra somar.
Também é muito feliz,
Encerraram com a Laís,
E Émile veio pra fechar.

XXI
Quanto a Auxiliadora
Seu destino a conduz,
Seu casamento foi outro
Margeado pela luz.
Esta não teve rebentos,
Mas seus filhos são intensos,
Pois se casou com Jesus.

XXII
Dos 7 filhos que teve
32 foram os netos,
Bisnetos, 74
39 tataranetos.
Cento e Cinquenta e três,
Se quiser conte outra vês,
Tudo isso em um século.

XXIII
Desta história o exemplo
Todos devem conhecer,
Dar vida par ser vida
E da vida ela viver.
Parabéns Ambrosina,
Para tão bela menina,
“Nos amamos a você!”

XXIV
Para encerrar agradeço
O taquim da atenção,
Toda a sua paciência
Por sua dedicação.
Se gostou pode falar,
Não gostou é calar,
Não fale nem pro irmão.

XXV
Pois desafio você
No jogos da minha rima,
Se és poeta se jogue
Pode pular para cima.
Venha certo para apanhar,
De quixaba ou jucá,
Comigo tu se empanzina.

XXVI
Porém, para que o medo?
Pois bom poeta não teme!
A arte é privilégio
Do barco, serdes o leme.
Do mundo, és professor,
Dos seres és o amor,
Amor puro e extreme.







Eu sou da terra Brasil
Sou preto, sou mameluco
Sou lá de meu Pernambuco
Terra de encantos mil
Sertanejo varonil
Sou do gesso, sou das minas
Sou lá de Araripina
Onde a força não acaba
Sou Lampião, Sou Gonzaga
Sou mais um entre outros mil.


sábado, 6 de junho de 2015

Não é a cara do luxo, Mas na rede se estica.

Você precisa saber
Minha casa aonde fica,
Não é a cara do luxo
Mas na rede se estica.
Tem até segundo andar,
Tem onde lhe acomodar,
Venha logo. Fica a dica!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Professores continuam em GREVE: "Enganei o bobo na casca do ovo!!!"

Imagem colhida da net

Do Diário de Pernambuco: Professores em greve realizam assembleia nesta segunda

Publicação: 27/04/2015 07:38 Atualização: 27/04/2015 14:40
Os professores da rede estadual de ensino permanecem em greve em Pernambuco. Nesta segunda-feira a categoria realiza uma nova assembleia geral para avaliar a paralisação. A reunião está marcada para as 14h no Clube Português, no bairro do Parque Amorim.
Na próxima segunda-feira, a corte do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) deve julgar a ilegalidade da paralisação. Desde o dia 20 de abril, o TJPE cobra uma multa diária de R$ 30 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) pelo não retorno às atividades. No dia 15 deste mês, a Justiça determinou o fim da mobilização e e volta imediata às aulas.
Os trabalhadores cobram a aplicação do reajuste de 14,01% referente ao Piso Nacional dos Professores (13,01%) para todos os professores. Projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no dia 31 de março, prevê o reajuste para menos de 10% da categoria. 

Trabalhadores expuseram a representantes do Ministério Público Estadual (MPPE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), situações de assédio moral que afirmam estar enfrentando desde a deflagração da greve dos professores, no início do mês. A deputada Teresa Leitão entrou com uma representação no MPPE contra o  estado. Na quinta-feira passada, professores e estudantes lotaram o auditório da Assembleia Legislativa durante audiência marcada pela Comissão de Cidadania. Durante a reunião, profissionais do magistério de diversos municípios relataram ameaças de demissão e de cortes de salário, além das más condições de trabalho até mesmo em escolas de referência.

Na ocasião, o diretor de Assuntos Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Heleno Araújo, repudiou a portaria emitida pelo Governo Estadual que determina a transferência de 15 professores em greve.
Para a procuradora do Ministério Público do Trabalho Melícia Mesel, os casos apresentados configuram situações de assédio moral. Já o promotor do Ministério Público de Pernambuco Marco Aurélio Farias afirmou que algumas situações podem ser enquadradas também como assédio institucional, ainda não contemplado no direito brasileiro. Essa hipótese ocorre quando a instituição não oferece meios como equipamentos e conhecimento para que o funcionário desempenhe adequadamente sua função, levando o trabalhador a um sofrimento intenso.

Onde há fumaça há fogo! Ou, onde há fumaça há água???

Onde há fumaça há fogo! Ou, onde há fumaça há água???
Imagem colhida na net

Mais uma vez aconteceu. O que era e não parecia óbvio voltou a acontecer e, mais uma vez sobrou para o povo.

A população do Bairro José Martins, que ladeia a Av. Perimetral de Araripina, obra feita as pressas pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), em período eleitoral para que se viabilize conjunturas locais, compondo um belo quadro dentro do processo, começou a apresentar falhas na sua composição e, já na parede, deu início a aparição da falta de critérios quanto à sua composição. É que toda obra de arte precisa de cuidados desde o material usado aos detalhe nesta inseridos para que não venha apresentar distorções por parte dos seus observadores e, principalmente para os compradores daquela ideia. O quadro fora pintado, a paisagem ficou bela, aplausos foram lançados (em forma de votos) e, após as precipitações das chuvas ocorridas em nosso município é que os pintores daquela bela obra se deram conta que a tinta foi pouca e que no quadro faltou algumas pinceladas alargando "três pequenos furos" que fazem parte de um quadro que para eles seria estático e não vivo.

Tudo pronto. Quadro na parede, imagem adorada e com as chuvas as primeiras manchas do acumulo e uma conclusão: os três pequenos furos não continha toda a água que se acumulara ao quadro que revelou uma outra imagem, a de uma barragem construída com o povo dentro como se objetivasse se livrar destes contendo a água e os cobrindo temporariamente. Gente pelos tetos, correndo, pelas casas dos vizinhos, de parentes, por todo os cantos gente! Um detalhe, estes não estavam na pintura!!!

E o que faltou??? Aos idealizadores e aos pintores, , planejamento da obra de arte por completo inserindo todos os personagens em seus devidos lugares e, mais um pouquinho de tinta para que ao invés de "três buraquinhos" que indique ponto de vazão se pinte uma ponte que represente ponto de passagem das águas e o correto escoamento delas.
Chamem de volta os pintores para refazerem a obra e agora, reparar também a parede enlameada onde faltou um pouquinho de cuidado.
Por: Geonaldes Elehmberg de Sousa Gomes

quinta-feira, 29 de maio de 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

AO MUNDO ANUNCIAREI, QUE NASCI SÓ PRA TE AMAR.

AO MUNDO ANUNCIAREI,
QUE NASCI SÓ PRA TE AMAR.
Mote e glosa: Geonaldes Elhemberg - Pepeta do Cordel
Se quiseres, dou-te estrelas
E a lua vou te dar
Escalarei o universo
Para um verso recitar.
Então te declamarei,
Ao mundo anunciarei,
Que nasci só pra te amar.
Para o meu amor Clecia Alencar , a quem fiz juras de amor e dediquei a minha companhia em matrimônio. Te amo!!!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Guardado a 7 chaves

Guardado a 7 chaves - Glosa: Geonaldes Elhemberg
Vou lhe contar um segredo
Repleto de toda razão,
Que vem do fundo da alma
De dentro do coração.
Revelar a mim não cabe,
Guardado a sete chaves,
Esta lá minha paixão!

sábado, 5 de abril de 2014

Rasgando a Madrugada

Rasgando a madrugada - Mote e glosa: Geonaldes Elhemberg

Me atrevo a rasgar a madrugada
Em busca da beleza matutina,
Do flerte do olhar de uma menina
Que partiu em paixão inacabada.
Perambulo, até durmo nas calçadas
Definindo-a em pura poesia,
E na busca de uma face de magia
Que me traga de volta o encanto.
Que enxugue do meu rosto todo pranto
Derramado sob ausência e agonia.

quarta-feira, 19 de março de 2014

ARARIPINA E A DESTRUIÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL

ARARIPINA E A DESTRUIÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL
(Balaustrada, casarões...)
Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes
Uma cidade fica sem história
Onde impera a destruição,
E no desmando da demolição
Tudo é relegado a escória.
E em rota paralela e provisória
De tudo talvez fique um retrato,
Um lamento, um ruir, um ponto fraco...
De alguma vítima da ganância,
Que morreu por total intolerância
No esquecimento tornou-se "fato"!

sábado, 8 de março de 2014

Sou da forte Araripina

Sou Brasil, sou Pernambuco
Lá do "cantim" da campina,
Sou lá da terra do gesso 
Do sertão, das belas minas.
Sou sertanejo dos fortes
Terra do Leão do Norte
Sou da forte Araripina.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

"BIDOCA NO FORRÓ DE ZÉ DE BELO"

"BIDOCA NO FORRÓ DE ZÉ DE BELO"
Mote e Glosa: Geonaldes Elhemberg

Sirmei de ir um forró
Já pronto pra confusão
Me armei cum 2 pexera
Bacamarte e facão
Duas foice e martelo
Botei mais um parabelo
Baladeira e os torrão

O funaré tava a toda
Na casa de Zé de Belo
Na entrada eu apreguei
A porta cum meu martelo
Pra render a confusão
Sarrabuiei pelo chão
Uns tiro de parabelo

Risquei as duas pexera
Que o fogo curria atras
- Ele tá cum o cão nos côro!
Chame logo o capataz
Dei de conta do facão
Passano de mão em mão
- Quero ver quem pode mais?

Dum tiro de baladera
Acertei o candeeiro
Derrubei 20 galinha
Que tava no galiêro
E pra completar a arte
Puxei o meu bacamarte
E meti fogo no terrêro

Até aí tava bom
Eu dominava a festa
Era muié se escondeno
Macho franzino a testa
Mais um tal de Zé Tintino
Cruzou o meu destino
E vinha cum a mulesta

Sartou de lá para cá
Cum um ispeto na mão
- Intão você é Bidoca
O fio do cremunhão!
Pois você achô a tampa
Vô acabar sua panca
E me pedirá perdão

Mití fogo na misera
E nem um tiro acertava
Joguei as panela tudo
E ele se desviava
Parti para o parabelo
Quando vi um chinelo
Que ele me atirava

Pegou no pé do ouvido
Intão disiquilibrei
Sinti pelo ispinhaço
Um assoite bem no mei
Era o diabo do ispeto
Qui dexô um vinco preto
E na hora me caguei

A dor foi tão grande
Que me deu um apagão
E quando eu acordei
Tava amarrada as mão
A festa tava rolano
Eles bebeno e dança
E eu jogado no chão

Zé Tintino do meu lado
- Vai durmi fio da égua!
Tua sorte é muito grande
Que hoje eu deu a trégua
Hoje por ser feriado
Não posso fazer finado
Intão siga minha régua

E o dia amaiceu
Cum balde dágua acordei
- Me perdoe Zé Tintino
Eu já sei qui eu errei
Perdão pro dono da casa
Nunca mais levanto aza
Juro que num faço fei

Dispois qui cortaro a corda
No mei do mundo eu sumi
Tirei de lá a lição
E disso me cunvenci
Qui é mió tá calado
Im seu canto sussegado
Que vivê o qui viví

Até hoje me alembro
De Zé Tintino gritano
Se suma fio da égua!
Vai passano, vai passano!
Se você quizé morrê
Basta eu incrontá você
Daqui pro resto dos ano

Janeiro de 2014

domingo, 1 de dezembro de 2013

DEVANEIOS (PREFEITO DE ARARIPINA)


DEVANEIOS (PREFEITO DE ARARIPINA)

Não que um certo dia
Por entre meus devaneios
Uma ideia me veio
Daquelas semi acabadas
Dizia ser minha sina
Governar Araripina
Retomando sua estrada

Comecei a viajar,
Permeando sua historia.
Vi o seu desmembramento,
Emblemático de vitórias
Passei lá por São Gonçalo,
E lá senti um estalo,
De um passado de glórias.

Sua primeira eleição.
Desta forma é que se fez. 
Quarenta e sete o ano,
Mês de outubro, 26.
Seu Né foi o vencedor,
Suetone Alencar ficou,
Aguardando sua vez.

UDN e PSD,
Na época os dois partidos.
O PSD, vencedor,
UDN foi o vencido.
Mas para vereador,
O resultado A UDEN ganhou,
Com resultado invertido.

Nascia um município.
Da luta do precursor.
Da esquina da matriz,
Chiquinho Cícero lutou,
Fez nascer Araripina,
Deu vida a bela menina,
Que dele não se lembrou.

Indaguei a mim mesmo,
O que Araripina precisa?
Se aqui tem a FAFOPA,
FACIAGRA E FACISA?
Um celeiro do saber.
Mas só então pude ver,
A minha ação decisiva.

Vi que desde o passado,
Impera a destruição.
Assassinos da história,
Caminham na contramão,
Destruíram insensivelmente,
A Igreja de São Vicente,
Descaso à religião.

Passaram na Balaustrada,
Justificando o progresso.
O viveiro da Matriz,
Descaso e retrocesso.
E a Escola São Gonçalo,
Derrubaram num estalo,
Em ato covarde e perverso.

Também se foi à história,
Do Açougue Municipal.
Dos Chafarizes e engenhos,
Do gesso fenomenal.
Está tudo sendo apagado,
Tudo sendo derrubado,
Em atos tristes, banal.

Dali vi Araripina,
Envolta ao progresso.
Beirando 100 mil pessoas,
Em meio aos desafetos.
E os que não zelam por ela,
Defendem suas panelas,
Dando para o povo “O RESTO”.

Vi em mim a solução,
A retomada de um norte.
A correção do seu fluxo,
Um horizonte, um forte.
Dei-lhe praças e hospital,
Dei valor ao cultural,
Dei-lhe educação de porte.

Arrumei o fluxo de carros,
Interliguei os distritos.
Dei a todos segurança,
Não os deixando aflitos.
Voltou a felicidade,
Renascia a cidade,
Com seu povo mais bonito.

E cercado de pilantras,
Tive que renunciar.
Abrir mão de meu mandato,
Por a verdade falar.
Acordei do “DEVANEIO”,
Vendo nosso curso feio,
E difícil de mudar!

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes (Pepeta)
01/ 12/ 2013