segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

“Ambrosina, a videira de 100 anos”


“Ambrosina, a videira de 100 anos”


A história que agora lhes conto
Está no presente e no passado,
E aos olhares dos interessados
Se precisar eu conto e reconto,
Vou fixando tudo ponto a ponto
Revirando a nossa Araripina ,
Pois contar história é minha sina
Esta causa em mim maior afeto
“É, Hoje está fazendo um Século
Do nascimento de Ambrosina”.



I
Vou ao tear da história
Direto para o passado,
Andando no túnel do tempo
À base de um centenário.
Daqui ou de lá para cá,
A história eu vou contar,
Tudo bem esmiuçado.

II
Tome nota do que digo
Pra não fazer confusão,
Saiba que Joaquim Venâncio
Foi amigo de Lampião.
Lá no sítio Bela Vista,
Virgulino e sua crista,
Rendiam-se ao patrão.

III
Para que você me entenda
Vou falar bem explicado,
São 36500
Os dias, tudo somado.
Do nascimento pra cá,
Pode sentar e contar,
Que duvido dar errado.

IV
Joaquim Venâncio Coelho
Da prole o patriarca,
Josefa Teles de Menezes
A base forte da arca.
Celebraram a união,
Deram vida a onze irmãos,
Deixando aqui suas marcas.

V
E Ambrozina nasceu
Ela e mais dez irmãos,
Como dez se somam dedos
Na conta das duas mãos.
“15" sei que foi o ano,
Dezembro vinha passando,
E “7” foi o Portão.

VI
De Terra Nova a Nascente
Isso não foi o acaso,
De lá outra mudança
Pois tinha amor no caso.
E em meio a andança,
Se fixou em mudança,
Na bela Lagoa do Barro.

VII
Os joaquins foram Venâncio
Luiz e o Manoel,
Teve Antônio e Cornélio
Era Joaquim pra dedel.
Também vieram as meninas
Embelezar Araripina,
Um precioso plantel.

VIII
Cinco foram os joaquins
E mais foram as meninas,
Feliciana e Pastora
Aidlina e Regina,
No leque se somam seis
Não contou, conte outra vez
Ambrosina e Josefina.

IX
A perda precoce do pai
Trouxe-lhe nobre missão,
Veio à responsabilidade
Na luta pelo quinhão.
Na ausência do patriarca,
Ajudou a matriarca,
Na criação dos irmãos.

X
Tecer redes e varandas
O tear foi sua fonte,
A cada ponto que dava
Mirava no horizonte.
Vencia a dificuldade,
Fazendo da honestidade,
O seu forte, a sua ponte.

XI
Por dez anos Ambrosina
Mostrou-se ser protetora,
Cuidando dos seus filhos
Sempre sendo acolhedora.
Se doava para os outros,
Educava com esforço,
Como uma fiel pastora.

XII
E da casa da vovó
A netarada corria,
É que o tempero dela
A pimenta efervecia.
E quando se ia comer,
Sentia a boca arder,
A molecada gemia.

XIII
Dos onze agora eu falo
De Maria Ambrosina,
Que ao casar-se com Davi
Cravejou a sua sina.
Vinda lá de Terra Nova,
Começou sua nova prova,
Agora em Araripina.

XIV
Sete foram seus rebentos
Do casamento com Davi,
Vou começar por Ester
Edister e Vilani.
Efren e Santíssima,
Auxiliadora a noviça,
Eis Edmilson aqui.

XV
Ester, a Sérgio gerou
Carmem veio a completar,
Dela veio Roger e Nicolas
Para a quota fechar.
Só falta a reação,
O Sergio fazer a ação,
Nem que seja adotar.

XVI
Edister já foi mais longe
Foi amor forte, feitiço,
Como a mãe também foi sete
Tem Socorro e Gildenilson.
Graça e Sebastião,
Petrônio fecha o listão,
Junto a Genilson e Gilson.

XVI.1
De Socorro, Leidjane
Lady-Anne e Lourival,
Formam o trio de netos
São demais, fenomenal.
Gabriele é só festa,
E por já ser bisneta,
Chega botando moral.

XVI.2
De Gilson são seis os netos
Tem Helaine e Andreia
Adegilson e Genesio
Fazem parte da plateia.
E assim a fila anda,
Gilson Filho e a Sandra,
São o ouro da bateia.

XVI.3
Seis também são os bisnetos
Pode começar contar,
José Ítalo, Enzo Luca
Com Pedro pode somar.
Diego Felipe pede,
Sofia e Clara Sanielle,
Para a quota fechar.

XVI.4
De Graça Aila e Davi
Bisnetos chegam a seis,
Maria Fernanda, Camilly
Gabriel é o da vez.
Ailton Lucas e Artur,
Eu vou contar para tu,
O que Maria Luiza fez.

XVI.5
Gindenilson, o poeta
Começa por Gabriela,
Desireé e Gabriel
Luan e a Graziela.
De neta só a Marry,
E outros poderão vir,
Fazer companhia a ela.

XVI.6
Na conta de Genilson
Três somam os seus rebentos,
Igor Ricardo e Rodrigo
Estou contando atento.
Maria Alice a bisneta,
Que aonde vai faz festa,
Sorrindo até pra o vento.

XVI.7
Sebastião ou Bião
Na conta apresenta quatro,
Tem Laísa Gabriele
E Pedro Lucas, um barato.
João Paulo e Mateus,
Fecha a lista dos seus,
Sem bisnetos, é o fato.

XVI.8
A ponta da rama é Petrônio
Seus filhos se somam três,
Com Scarllet e Rawanny
Sem ninguém passar a vez.
Lírian Samira a “belle”,
Vem Yane Gabriele,
E o Piêtro Luiz.

XVII
Vilani ou Vivi
Foram cinco, vou contar,
Vera, Zuilton, Zé Milton
Zilvan também é de lá.
Fechando sua obra prima,
Zuleide bela menina,
Veio à lista encerrar.

XVII.1
Do quinteto de Vivi
Diamantes e topázios,
De Vera Veridiane
João Vitor e Audizio,
Também Sarah Karolina,
No olhar desta menina,
Vejo a cara do prestigio.

XVII.2
Junior veio de Zuilton
Assim como Juliana,
Ricardo forma o trio
Se a conta não me engana.
Ghabriel, Igor e Raíssa,
Com Hudson e Larissa,
Somente gente de fama.

XVII.3
Ana Nelly, Zuilton Neto
João Vitor e Kaique,
Carlos Iêgo e Alisson
Pra contar tem que ter pique.
De Milton tem Daniele,
Junto a ela Cibele,
Por aqui só gente chique.

XVII.4
Tem mais cinco do Zilvan
Renata e Roseane,
Mais Radíga e Rian
Completa com a Raiane.
Parece a epopeia,
Da princesa Niqueias,
Pondo súditos em pane.

XVII.5
André, Ardreza e João Pedro
De Zuleide são as crias,
E do plantel de Vivi
É uma grande bastilha.
Com ela completa a conta
Mas o destina aponta,
Que a lista se amplia.


XVIII
Santíssima bateu recorde
Foram dez, tu podes crer,
Nilson, Neide e Neilson
Nuscilene e Naiclê.
Neilza, Nailton e Nedilma,
Socorro pega e filma
Pra terminar com Nairlê.

XVIII.1
De Tatiane Amely
Davi filho de Daiane,
Adriele só é neta
Conte certo, não se engane.
Com Priscila e Heitor,
Se na conta tu errou,
Chame Neide logo, chame!

XVIII.2
Com medo de ficar só
Neilson quase não para,
Fernando e Gabriela,
Fábio, Gisele e Tainara.
Tem Aline e Priscila,
E para encerrar a fila,
Tainá tem beleza rara.
XVIII.3
Dessa ruma de menino
Conte sete os bisnetos,
Maria Alice na conta
Parte dos tataranetos.
Esta conta é fiel,
Chame Enzo Ghabriel,
Que continua o projeto.

XVIII.4
Taís com Maria Clara
De Nuscilene e raiz,
Também Maria Cecília
Quem vê a cara já diz.
Núria e Andressa Mara,
E esta conta não para,
É coisa que meu Deus quis.

XVIII.5
Laura e Lucas de Nailton
Julia e João Vitor de Naiclê,
Socorro não tem ainda
Nedilma já pode ter.
Isabela e Gabriel,
É menino pra dedel,
Que só vendo para crer.

XVIII.6
E depois de tanta soma
De mexer e remexer,
Com Tarcisio e Tiago
Vejo a conta crescer.
Vou encerrar com Thomás,
Digo e não volto atrás,
Que são filhos de Nairlê.

XIX
Efren ficou só nos quatro
Vem Eliete pra cá,
Claudio foi o segundo
Cristiane vou chamar.
Digamos que Efren é brando,
Fechou a conta em Fernando,
E nada de retomar.

XIX.1
Claudio é Eliete
Cristiane e Fernando,
Karina, Guilherme, Yasmim
Tarcísio está chegando.
Com Tiago e Thomás,
A Luiza vem atraz,
Com a conta encerrando.

XX
Edmilson, um quarteto
Também já parou por lá,
Tem o Elmo e a Isis
Tem Felipe pra somar.
Também é muito feliz,
Encerraram com a Laís,
E Émile veio pra fechar.

XXI
Quanto a Auxiliadora
Seu destino a conduz,
Seu casamento foi outro
Margeado pela luz.
Esta não teve rebentos,
Mas seus filhos são intensos,
Pois se casou com Jesus.

XXII
Dos 7 filhos que teve
32 foram os netos,
Bisnetos, 74
39 tataranetos.
Cento e Cinquenta e três,
Se quiser conte outra vês,
Tudo isso em um século.

XXIII
Desta história o exemplo
Todos devem conhecer,
Dar vida par ser vida
E da vida ela viver.
Parabéns Ambrosina,
Para tão bela menina,
“Nos amamos a você!”

XXIV
Para encerrar agradeço
O taquim da atenção,
Toda a sua paciência
Por sua dedicação.
Se gostou pode falar,
Não gostou é calar,
Não fale nem pro irmão.

XXV
Pois desafio você
No jogos da minha rima,
Se és poeta se jogue
Pode pular para cima.
Venha certo para apanhar,
De quixaba ou jucá,
Comigo tu se empanzina.

XXVI
Porém, para que o medo?
Pois bom poeta não teme!
A arte é privilégio
Do barco, serdes o leme.
Do mundo, és professor,
Dos seres és o amor,
Amor puro e extreme.







Eu sou da terra Brasil
Sou preto, sou mameluco
Sou lá de meu Pernambuco
Terra de encantos mil
Sertanejo varonil
Sou do gesso, sou das minas
Sou lá de Araripina
Onde a força não acaba
Sou Lampião, Sou Gonzaga
Sou mais um entre outros mil.