sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Verdadeiro amor ( Clecia Alencar )

Verdadeiro amor ( Clecia Alencar )

O meu coração não suportaria
A dor da perda e sua partida
Sessar-se-ia toda a minha vida
Constante clamor e a dor seria
O meu peito frequente sangraria
Numa vida sem vida em desamor
Constante seria a constante dor
De um homem ora então desolado
Que teria o seu mundo acabado
Pela perda do seu verdadeiro amor

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes - 23/ 08/ 2013

O POETA CANTADOR

Do miolo do Bodocó
Por onde Cristo passou
Pertinho de Araripina
Onde o gesso plantou
Deus deixou outra semente
Para alegrar nossa gente
O "Poeta Cantador"

"Tô feliz, tô nem aí"
Escuto enquanto ando
Se discute nas escolas
O rádio alto brandando
É grande a admiração
Por ser aqui do Sertão
O poeta Flávio Leandro

Geonaldes Elhemberg (Pepeta do Cordel)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O desafio de Lampião com o papa Francisco

O desafio de Lampião com o papa Francisco

I
O Jorge Mario Bergóglio
Logo após ser empossado
Por decisão do conclave
E por Francisco chamado
Rezou na Capela Cistina
Era a volta por cima
Iniciando o papado

II
Na Basílica de São Pedro
No dia 13 de março
Em primeira aparição
Passou por um embaraço
Enquanto ele rezava
Uma sombra lhe rondava
Lhe seguindo até o quarto

III
O mundo todo parou
Para ver o novo papa
E o Bento Dezesseis
Retira a sua marca
Não revela o motivo
O povo apreensivo
Opina, diz o que acha

IV
Eis que então na dormida
Do Argentino Francisco
De joelhos a rezar
No seu olho entrou um cisco
E na hora de coçar
Pôs-se o olho a irritar
- Juro, não entendo isso

V
Quanto mais ele esfregava
Mais vinha a escuridão
Uma voz branda falava
Causando imaginação
-Quem é que já vem de lá?
Quem quer a mim perturbar?
Repreendo em oração

VI
-Agora vou lhe falar
Papazinho americano
Sei que és um argentino
Por debaixo desses panos
Mas lá pelo meu sertão
Cabra que nem Lampião
Num fica se impapano

VII
-Sou Virgulino Ferreira
Da Silva, Sou Lampião
Já tirei côro de gente
Na ponta do meu facão
De faca e baioneta
Já tangi até o capeta
E quero sua atenção

VIII
Então o cisco sumiu
E Francisco assustado
-O que diabos é isso?
Só sendo coisa do diabo
Primeiro dia de papa
E já vou tomar garapa
Por estar todo empapado

IX
-Eu vim aqui em missão
Pra revelar um segredo
Na ferida que o mundo
Sempre quis meter o dedo
Eu sou a inquisição
Sou o pobre em queimação
Sou a miséria, o medo!

X
Sou a desgraça da guerra
A ganância apodrecida
Sou a criança ao relento
O aborto já sem vida
Sou o excreto humano
Que o mundo desumano
Deixa a despercebida

XI
Sou o pior, sou a fome
O choro, a lamentação
O eco do desgoverno
A pura abandonação
Sou mendigo a pedir
E hoje eu estou aqui
Na sua imposação

XII
Careço que o seu oiá
Ispie pelos piqueno
Pra nun ter ôto de mim
Gritano e também gemeno
Recado de padim Ciço
Vim aqui sem ribuliço
Agora to lhe dizeno

XIII
-Meu filho, a luz de Deus
Que é branda e macia
Brilha para todo mundo
Ao raiar de um novo dia
E a noite tão suave
Não causa-me entraves
Por isso eu lhe ouvia

XIV
Seus pecados já se foram
Por Deus, são perdoados
Toda voz será ouvida
Toda voz é ecoada
E toda a humanidade
Que busca por liberdade
Terá que ser escutada

XV
-Não sou mais o tal bandido
Agora sou do amor
Minhas balas são de flores
Não suporto o terror
A minha vida marcada
Já foi toda niquilada
Com o que já Deus moldou

XVI
Agora é só sossego
Intonse vou regressar
Repassei o meu recado
Que meu padim mandô dar
Vô vortá pro meu discanso
Pro lugar dos cabra manso
Adonde meu padim tá

XVII
-Avise para o padre Cícero
Que seu recado foi dado
Que o amor será intenso
Durante o meu papado
Com a igreja de pé
Fortalecer-me-ei na fé
Com o pequeno centrado

XVIII
Foi assim que aconteceu
Esse encontro marcante
O bandido e o pontífice
Algo muito contrastante
Eu vi porque tava lá
E se você duvidar
Pergunte para “Brilhante”

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes – Agosto de 2013.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

"O educador e a ponte Entre o sonho e o sonhador"

SEMINÁRIO: Politica Educacional, Direitos Humanos e Diversidades
GRE ARARIPINA/ NEPEDH/ UFPE/ EDITORA CORTEZ

"O educador e a ponte
Entre o sonho e o sonhador"

Meu Brasil ainda peca
As vezes dar desengano
Uns tem acesso e não quer
Outros não estão nos planos
E fico a me perguntar
Onde sera que está
O tal "Direitos Humanos"

A enxada virou moto
Na "BOLSA ALIENAÇÃO"
Escravos da modernidade
Rejeitando a educação
Para estar no poder
A outros submeter
Repete-se o bordão

Coronéis capitalistas
Imperialistas brutais
Dominantes financeiros
Crescem cada vez mais
E o povo tem caído
Sao ideais perecidos
De um capital voraz

Sou Brasil colonizado
Da matança de nativos
Imperialista brutal
Da matança de cativos
Também ditatorial
Do cabresto, do curral
Ora semi adormecido

Sou também democracia
Da mão do transformador
Da pregação de um sonho
Social e humanizador
Sou o Brasil doravante
"Porque o educador e a ponte
Entre o sonho e o sonhador"

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Espero ter contribuído
Na eloquente missão
De levar conhecimento
Da capital ao sertão
Recebam o meu abraço
E um pouco do que faço
Nesta "humanização"

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes

sábado, 10 de agosto de 2013

Disparate

Disparate

Sua presença em mim
Causa grande disparate
O mundo fica pequeno
Fixado só em amar-te
Na rotação translativa
Não há quem não grite viva
Para que tudo se encaixe

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes - 09/ 08/ 13

"O Seu Luiz está de sentimento"

"O Seu Luiz está de sentimento"

O Seu Luiz está de sentimento
Com o bagaço que fizeram do forró
As Bundas e bandas são uma só
Aspirantes a cantor de fala fina
E não engrossa nem com gasolina
Nem Lampião lhes dando um nó
Agora só de Exu a Bodocó
Pedindo a Deus e também rezando
Ouvindo o forró de Flavio Leandro
Para desatar o tal deste nó

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes - 08/ 08/ 2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Eu sou só eu e nada mais

Eu sou só eu e nada mais

Já briguei com Lampião
Dei soco em satanás
Já dei tiros de canhão
Discuti com Barrabás
Então digo quem sou eu
Se você não entendeu
Eu sou só eu e nada mais

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes - 07/ 07/ 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

Homenagem para o meu pai João Evangelista Gomes pelo seu aniversário.

                           Homenagem para o meu pai João Evangelista Gomes pelo seu aniversário.

De Luis Gomes e Tê
Somam-se onze rebentos
Dedé Geraldo e Joaquim
Washington está atento
Genoveva, Antonio, Avelar
Neném e Loudes se contar
Dora e Lista são sustentos

De EVANGELISTA e LINDOR
Nasceram os seis bruguelo
Nulcimar, Nádia e Lô
Pepeta, Nino e Gero
Duas menina mulher
Quatro bago de coité
Formano o mermo elo

De Silvio e Nulcimar
Veio presentes do céu
A terra se alegrou
A lua ganhou um véu
Dois presentes divinos
Dois taludos, dois meninos
Foram Saymon e Samuel

Em Patrícia, Carla e Beto
Só Lynniker bota moral
Botou Beto para as rifas
Carla vai pro hospital
Sobra as festas pra Yei
Gerinaldes sai do meio
Que ele é quem é o tal

Já Geonaldes e Clécia
Vão na rima do cordel
Agradecendo a Deus
O herdeiro do menestrel
Com calma e pasciencia
Cuidam da aborresceência
Dele, Victor Ghabriel

A tarefa de Paula e Nino
É um pouco mais pesada
Onde é que desliga Samy
Corre, tira da tomada
Ela é mesmo assim
Só Deus, Paula e Ninim
Pra topar esta parada

Já Galeno e Jeane
Na calma e na mansidão
Pastoram nossas ovelhas
Curvando os pés no chão
Oram de olhos fechados
Mas Dina dá o recado
-Linda fez destruição!

E o que dizer de Shade?
-Nátali é sensacional
Não é a ponta da rama
É núcleo fenomenal
Nádia e Fábio Braz
Que alegria nos traz
É só Deus e nada mais

E assim segue a vida
De Lista e seu plantel
Cada um com sua vida
Cadaquá com seu papel
E aos Setenta e Cinco anos
Continua abençoando
Com as graças do Pai do Céu

Parabéns ao nosso pai
Por toda sua bondade
Mamãe lhe manda beijos
Pra nossa felicidade
Com Deus ela está no céu
Já cumpriu o seu papel
E o seu tá na metade

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes - 04/ 08/ 2013

sábado, 3 de agosto de 2013

Resposta ao menestrel Sirley Sá.

Resposta ao menestrel Sirley Sá.

Desafio pro "Jovem".

Desafio ao poeta
Desenrolar este nó
Saindo de Terra Nova
Passando por Cabrobó
Visitando Araripina
Cravar seu nome na rima
Tudo isso num pé só

Geonaldes Elhemberg.

Já topei o desafio
Depois a gente combina
Prepare minha recepção
Na linda Araripina
Colocarei gesso em cova
Levarei cebola de Terra Nova
E meus versos de Petrolina.

Sirley Sá.

Sendo assim eu me preparo
Pra receber Sirley Sá
Com o melhor bode assado
Que por este sertão há
Com forró de pé de serra
Conchearás minha terra
Na rima vou lhe explicar

Do gesso à gipsita
Da mina à fabricação
Das fábricas para o mundo
A base de exportação
É assim Araripina
A mais bela das meninas
A princesa do sertão

Do pífano aos "caretas"
Dos festejos de "São João"
Da "Dança de São Gonçalo"
Batendo cuias na mão
Dos poetas cordelistas
E de outro tantos artistas
Qu Sirley receberão

O resto conto depois
Quando o poeta chegar
Em voo e sobrevoo
Que Araripina Avistar
Seu povo e suas minas
Veras que Araripina
É o melhor lugar que há

Geonaldes Elhembarg de Sousa Gomes - 03/ 07/ 2013