quarta-feira, 12 de junho de 2013

"Quando cai a noite eu adormeço - Quando nasce o sol me reanimo"


"Quando cai a noite eu adormeço
Quando nasce o sol me reanimo"

Do cansaço da lida da matina
O meu corpo só pede por descanso
Numa rede armada lá no canto
O balanço se torna o aconchego
Como flores compondo o grande enredo
De minha flor recebo o carinho
Adormeço, mas não estou sozinho
No amor dela eu me fortaleço
Quando cai a noite eu adormeço
Quando nasce o sol me reanimo

Para o meu amor Clecia Alencar).
Mote e glosa: Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Os Apóstolos e as Drogas (Autor: Clécio Rimas)

Os Apóstolos e as Drogas (Autor: Clécio Rimas)

Quase todo mundo sabe
Pelo novo testamento
Que um grupo peregrinava
Pregando a sol, chuva e vento
Por entre aldeias, cidades
Curando as enfermidades
E as mazelas do povo...
E está bastante enganado
Quem pensa que o já passado
Não possa ocorrer de novo.

Cada discípulo continha
Poderes para curar
E combater todo o mal
A fim de solucionar
Problemas cotidianos
E mesmo após dois mil anos
Esforçam-se por demais
Prosseguindo, dia a dia
Combatendo a picardia
Dos problemas atuais.

E a coisa tá bem mais feia
Na atual conjunção:
É o mundo consumista,
Violência, corrupção,
Pedofilia assolando,
Pastores trapaceando,
Falsos pelas sinagogas...
E os apóstolos, vendo tudo
Deram inicio a um estudo
Começando pelas drogas.

Cada apóstolo veio a terra
Pra um lugar diferente
A fim de trazerem amostras
De cada droga existente.
Marcaram uma assembleia.
Era uma imensa plateia
Com santos de galardão...
Montaram uma mesa larga
Pra cada qual, com sua carga,
Fazer uma explanação.

O Simão, chamado Pedro
Primeiro a se apresentar
Bradou em mais alta voz
O que trouxe pra mostrar
“Acautelai-vos colegas
Após diversas refregas
Numa mata escura, insana
Quase que eu voltava só
Mas consegui, trouxe o pó
Da coca colombiana”

Trombetas, harpas e palmas
Como continuação
Anunciaram a André
Que do primeiro era irmão
“Ajuntei nesta viagem
Trazendo a minha bagagem
Outra droga que comanda,
Que dizem ser energética
E que tem forma sintética:
Trouxe o êxtase, da Holanda”

“É isso ai, muito bem...”
Gritou a plateia altiva
Chegando a vez de Tiago
Ter direito a sua oitiva
“Exponho diante vós
A droga que para nós
Traz certa preocupação
Famosa no Oriente
Só mesmo quem prova sente
Ópio, do Afeganistão”

A mesa já quase meia
Foi ai que João chegou
Para anunciar a todos
A droga que transportou
“Colegas, por minha vez
Eu apresento a vocês
Droga bastante ferina
É um pau e dez viagens
No Saara, veem miragens
Com a haxixe marroquina”

Dando sequencia a amostra
Então que Filipe veio
Colocando sobre a mesa
Um saco de estopa cheio
“Meus irmãos vão escutando
Depois de dias andando
Num lugar que é um nó
Retornei com enxaqueca
Mas trouxe, mesmo com seca
Maconha de Cabrobó”

E assim, se prosseguiu
Com Tomé, Bartolomeu,
Mateus e Simão Zelote,
Thiago de Alfeu, Tadeu...
Cada qual seguindo a fila
Abria a sua mochila
Mostrava o que tinha dentro
Deixava em cima da mesa
E com santa sutileza
Assentavam-se ao centro

E lá no “rabo da gata”
No fim da fila, ocultado,
Imaginem quem estava
Num ato premeditado?
Foi Judas, que quando entrando
Já foram lhe perguntando
Sem um pingo de malícia
“Ó Judas, o que trouxestes,
Nestes trajes que tu vestes?”
E Judas disse: “A POLÍCIA!!!

BORA, BOTA A MÃO NA CABEÇA, TODO MUNDO PRO CHÃO... AI CABELUDO, VOCÊ TAMBÉM, ENCOSTA AI, PERDEU PLAYBOY!!!”