domingo, 1 de dezembro de 2013

DEVANEIOS (PREFEITO DE ARARIPINA)


DEVANEIOS (PREFEITO DE ARARIPINA)

Não que um certo dia
Por entre meus devaneios
Uma ideia me veio
Daquelas semi acabadas
Dizia ser minha sina
Governar Araripina
Retomando sua estrada

Comecei a viajar,
Permeando sua historia.
Vi o seu desmembramento,
Emblemático de vitórias
Passei lá por São Gonçalo,
E lá senti um estalo,
De um passado de glórias.

Sua primeira eleição.
Desta forma é que se fez. 
Quarenta e sete o ano,
Mês de outubro, 26.
Seu Né foi o vencedor,
Suetone Alencar ficou,
Aguardando sua vez.

UDN e PSD,
Na época os dois partidos.
O PSD, vencedor,
UDN foi o vencido.
Mas para vereador,
O resultado A UDEN ganhou,
Com resultado invertido.

Nascia um município.
Da luta do precursor.
Da esquina da matriz,
Chiquinho Cícero lutou,
Fez nascer Araripina,
Deu vida a bela menina,
Que dele não se lembrou.

Indaguei a mim mesmo,
O que Araripina precisa?
Se aqui tem a FAFOPA,
FACIAGRA E FACISA?
Um celeiro do saber.
Mas só então pude ver,
A minha ação decisiva.

Vi que desde o passado,
Impera a destruição.
Assassinos da história,
Caminham na contramão,
Destruíram insensivelmente,
A Igreja de São Vicente,
Descaso à religião.

Passaram na Balaustrada,
Justificando o progresso.
O viveiro da Matriz,
Descaso e retrocesso.
E a Escola São Gonçalo,
Derrubaram num estalo,
Em ato covarde e perverso.

Também se foi à história,
Do Açougue Municipal.
Dos Chafarizes e engenhos,
Do gesso fenomenal.
Está tudo sendo apagado,
Tudo sendo derrubado,
Em atos tristes, banal.

Dali vi Araripina,
Envolta ao progresso.
Beirando 100 mil pessoas,
Em meio aos desafetos.
E os que não zelam por ela,
Defendem suas panelas,
Dando para o povo “O RESTO”.

Vi em mim a solução,
A retomada de um norte.
A correção do seu fluxo,
Um horizonte, um forte.
Dei-lhe praças e hospital,
Dei valor ao cultural,
Dei-lhe educação de porte.

Arrumei o fluxo de carros,
Interliguei os distritos.
Dei a todos segurança,
Não os deixando aflitos.
Voltou a felicidade,
Renascia a cidade,
Com seu povo mais bonito.

E cercado de pilantras,
Tive que renunciar.
Abrir mão de meu mandato,
Por a verdade falar.
Acordei do “DEVANEIO”,
Vendo nosso curso feio,
E difícil de mudar!

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes (Pepeta)
01/ 12/ 2013

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais em Araripina

Mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais. No dia 28 de Outubro de 1892 Émile Reynaud realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris. Essa projeção foi a primeira exibição pública de imagens animadas (desenhos animados) no mundo.

Dia da Internacional da Animação no mundo foi criado para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou em 2002 o evento, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais filiados.

Em 2013 o Dia Internacional da Animação será realizado em 30 países. (Para maiores informações sobre a comemoração deste dia nos países ligados a ASIFA acesse: http://www.asifa.net) Dia da Internacional da Animação no Brasil o evento foi realizado pela primeira vez no ano de 2004, no SESC Vila Mariana, em São Paulo. Na ocasião, a ABCA realizou uma exposição de Traquitanas de Animação antigas, um show de sombras e bonecos recriando as primeiras apresentações de animação no mundo e a exibição de "Planeta Terra", filme coletivo de 1986 co-dirigido por cerca de 30 animadores de todo o Brasil.

O Dia no Brasil tem o patrocínio da Petrobras, e o financiamento do Fundo Nacional da Cultura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e é realizado com a parceria da ASIFA, para que a mostra brasileira também esteja presente na comemoração em mais de 30 países no mundo. Informações para Imprensa na cidade de : Ramon Ramalho coordenador do evento com o Apoio da TV Nordeste, http://geonaldespepeta.blogspot.com.br/ e Blog Casa de Abelha.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PIZZARIA EMBARGOS INFRINGENTES

PIZZARIA EMBARGOS INFRINGENTES

Não me dou por satisfeito
E digo ao meu continente,
A sacanagem que foi
Ou que fazem com a gente,
Então vou gritar ao mundo
Prendam logo os vagabundos
Sem "EMBARGOS INFRINGENTES".

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O abismo do mundo

O abismo do mundo

Não sei para onde caminha o mundo
Mas temo seu despencar em um abismo,
Como Hitler pregando o nazismo
O fascismo também foi muito imundo,
As bombas que explodem em segundos
Causam danos cruéis à humanidade,
O bicho homem e a insanidade
Do lucro que alimenta a ganância
Com o mundo entra em discordância
Alimentando a podre vaidade.

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes – 16/ 09/ 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A teima de Luiz Gonzaga com Zé Boca de Tiú (Pé de Cabra e Pé de Bode)

A teima de Luiz Gonzaga com Zé Boca de Tiú,
(Pé de Cabra e Pé de Bode)

Certa vez em um roçado
Lá pras bandas de Exu,
Luiz Gonzaga encontrou
Com Zé Boca de Tiú,
Foi quando se deu a teima
E Gonzaga quase queima
O seu velho caititu.

Pois Gonzaga procurava
O seu velho “PÉ DE BODE”,
O agricultor falava
- Com esse nome “num pode!”,
Eu sei é dum “PÉ DE CABRA”
Coisa que nunca se acaba
Que nem um trovão sacode.

- Quem já viu um instrumento
Com o nome invertido,
Seu Tiú, tu ta é doido
Com o juízo comido,
Com esse nome não pode
Tem que ser o “PE DE BODE”
Pois só tem esse apelido.

- Eu conheço a região
Fica lá no tabuleiro
Você pode confirmar
Ta vizinho ao umbuzeiro
Da aposta ocê num abra
Vou mostrar o “PÈ DE CABRA”
Qui fica no cerqueiro.

- Pois então eu quero ver
O diabo do “PÉ DE CABRA”,
Vou tocar baião, xaxado
Resfolengo valseada,
Vou fazer um reboliço
Que até meu Padim Ciço
Vai dançar uma noitada.

- Eu num to lhe intendeno
Mais vou lá lhe amostrá,
Uma coisa bem bunita
Boa de apreciá,
É bela de riba a baixo
E sai um som dos diacho
Qui só Deus pra inventá

- Num disse que ta é doido!
Ora veja só se pode,
Tirar som de “PÉ DE CABRA”
Se eu toco é “PÉ DE BODE”,
Ô sertão pra ter maluco
E o Pitu ta caduco
Não conhece nem um fole.

No caminho a peleja
Continuava aumentando
Pé de cabra, pé de bode
- Calma que tamo chegano!
Ao entrar no tabuleiro
Passando pelo facheiro
Foi tudo se revelando

- “PÉ DE CABRA” estica arame
“PÉ DE BODE” faz forró,
Mas me diga a onde está
O ó do borogodó,
Quero ver meu instrumento
Que já deve tá cinzento
Adiante seu bocó!

Já vi que o veio Lua
Dessa vez ele indoidô,
Óia lá o “PÉ DE CABRA”
Que na terra Deus prantô,
Por o mei deve tê bode
Pois até cabrito pode
Passá onde o pai passo

- Porque que tu não me disse
Que era um pé de pau,
Que nele as cabras subia
Como roupa no varal
Eu procura é a sanfona
A pequena acordeona
Que sumiu do meu quintal

- Então aprenda a falar
A expricá direitim,
Pois o tá macaco prego
É iguá a um sonhim
Mais os dois são diferente
E só os inteligente
Num mistura eles tudim


Assim terminou a teima
Assim a história acaba,
Luiz sem o “PÉ DE BODE”
Engolindo o “PÉ DE CABRA”,
Eu digo porque estava lá
E se você quer duvidar
Pergunte a Zé Quixaba.


Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes – 12/ 09/ 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O altruísmo de Madre Teresa: “Quer fazer algo pela paz, vá para casa e ame a sua família”

Trabalho exposto no II Encontro Educação e Justiça pela paz
Escola Vitalina Maria de Jesus – 04/ 09/ 2013

Ela fez votos de pobreza
Castidade e obediência
Recebe o nome de Tereza
Com a fé e confiança
Na Irlanda e na índia
Tinha Calcutá ainda
Beatificando a santa

Com as vossas licenças
Vos peço reflexão
Vos falarei só de paz
De guerra, não gosto não
No império Otomano
Mês agosto e 10 o ano
Nasce a abnegação

Agnes Gonxha Bojaxhiu
Vem da pia batismal
Seus “votos” já aos 18
É referência cabal
Que confirma sua fé
A bondade em mulher
De vida sacerdotal

Para a Madre Tereza
Sem Deus, a alma não há
Em cartas aos conselheiros
Chegou até a duvidar
E na busca de respostas
Com a escuridão imposta
Sentiu o dom do amar

A sua imensa bondade
E o seu noviciado
A levou para Calcutá
Inicio do seu legado
Professora de Geografia
Em toda miséria via
Alguém a ser ajudado

A miséria material
Tocava seu coração
“Missionários da Caridade”
Foi de sua criação
Em 65 a Santa Sé
Confirma a sua fé e
Aprova a Congregação

Por sua extrema bondade
Carinho e dedicação
Em combater a miséria
A fome e a destruição
Pelo seu belo papel
Recebeu o prêmio Nobel
E a beatificação

A imagem fala só
Da ação e da bondade
Em servir  sem ser servida
Em lutar pela igualdade
Em um trabalho de paz
Onde o amor fala mais
Superando a vaidade

Os pobres e incapacitados
Ganham a sua padroeira
Vivendo a dedicação
Por sua missão primeira
Num manto de devoção
A vida por servidão
Surgiu a Madre Tereza

Tudo que se fala é pouco
Diante de sua grandeza
Sua ação comunitária
Sempre forte, sem fraqueza
A fez tão humanitária
Uma luz imaginária
No combate à pobreza

Geonaldes Elhemberg de S. Gomes

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Verdadeiro amor ( Clecia Alencar )

Verdadeiro amor ( Clecia Alencar )

O meu coração não suportaria
A dor da perda e sua partida
Sessar-se-ia toda a minha vida
Constante clamor e a dor seria
O meu peito frequente sangraria
Numa vida sem vida em desamor
Constante seria a constante dor
De um homem ora então desolado
Que teria o seu mundo acabado
Pela perda do seu verdadeiro amor

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes - 23/ 08/ 2013

O POETA CANTADOR

Do miolo do Bodocó
Por onde Cristo passou
Pertinho de Araripina
Onde o gesso plantou
Deus deixou outra semente
Para alegrar nossa gente
O "Poeta Cantador"

"Tô feliz, tô nem aí"
Escuto enquanto ando
Se discute nas escolas
O rádio alto brandando
É grande a admiração
Por ser aqui do Sertão
O poeta Flávio Leandro

Geonaldes Elhemberg (Pepeta do Cordel)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O desafio de Lampião com o papa Francisco

O desafio de Lampião com o papa Francisco

I
O Jorge Mario Bergóglio
Logo após ser empossado
Por decisão do conclave
E por Francisco chamado
Rezou na Capela Cistina
Era a volta por cima
Iniciando o papado

II
Na Basílica de São Pedro
No dia 13 de março
Em primeira aparição
Passou por um embaraço
Enquanto ele rezava
Uma sombra lhe rondava
Lhe seguindo até o quarto

III
O mundo todo parou
Para ver o novo papa
E o Bento Dezesseis
Retira a sua marca
Não revela o motivo
O povo apreensivo
Opina, diz o que acha

IV
Eis que então na dormida
Do Argentino Francisco
De joelhos a rezar
No seu olho entrou um cisco
E na hora de coçar
Pôs-se o olho a irritar
- Juro, não entendo isso

V
Quanto mais ele esfregava
Mais vinha a escuridão
Uma voz branda falava
Causando imaginação
-Quem é que já vem de lá?
Quem quer a mim perturbar?
Repreendo em oração

VI
-Agora vou lhe falar
Papazinho americano
Sei que és um argentino
Por debaixo desses panos
Mas lá pelo meu sertão
Cabra que nem Lampião
Num fica se impapano

VII
-Sou Virgulino Ferreira
Da Silva, Sou Lampião
Já tirei côro de gente
Na ponta do meu facão
De faca e baioneta
Já tangi até o capeta
E quero sua atenção

VIII
Então o cisco sumiu
E Francisco assustado
-O que diabos é isso?
Só sendo coisa do diabo
Primeiro dia de papa
E já vou tomar garapa
Por estar todo empapado

IX
-Eu vim aqui em missão
Pra revelar um segredo
Na ferida que o mundo
Sempre quis meter o dedo
Eu sou a inquisição
Sou o pobre em queimação
Sou a miséria, o medo!

X
Sou a desgraça da guerra
A ganância apodrecida
Sou a criança ao relento
O aborto já sem vida
Sou o excreto humano
Que o mundo desumano
Deixa a despercebida

XI
Sou o pior, sou a fome
O choro, a lamentação
O eco do desgoverno
A pura abandonação
Sou mendigo a pedir
E hoje eu estou aqui
Na sua imposação

XII
Careço que o seu oiá
Ispie pelos piqueno
Pra nun ter ôto de mim
Gritano e também gemeno
Recado de padim Ciço
Vim aqui sem ribuliço
Agora to lhe dizeno

XIII
-Meu filho, a luz de Deus
Que é branda e macia
Brilha para todo mundo
Ao raiar de um novo dia
E a noite tão suave
Não causa-me entraves
Por isso eu lhe ouvia

XIV
Seus pecados já se foram
Por Deus, são perdoados
Toda voz será ouvida
Toda voz é ecoada
E toda a humanidade
Que busca por liberdade
Terá que ser escutada

XV
-Não sou mais o tal bandido
Agora sou do amor
Minhas balas são de flores
Não suporto o terror
A minha vida marcada
Já foi toda niquilada
Com o que já Deus moldou

XVI
Agora é só sossego
Intonse vou regressar
Repassei o meu recado
Que meu padim mandô dar
Vô vortá pro meu discanso
Pro lugar dos cabra manso
Adonde meu padim tá

XVII
-Avise para o padre Cícero
Que seu recado foi dado
Que o amor será intenso
Durante o meu papado
Com a igreja de pé
Fortalecer-me-ei na fé
Com o pequeno centrado

XVIII
Foi assim que aconteceu
Esse encontro marcante
O bandido e o pontífice
Algo muito contrastante
Eu vi porque tava lá
E se você duvidar
Pergunte para “Brilhante”

Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes – Agosto de 2013.