quinta-feira, 28 de junho de 2012

Como eu faço ligeiro uma casa - João Olegário Batista ( Padre Olegário )

Como eu faço ligeiro uma casa

Com um eu pego na casa
com dois eu levanto o entelho
com três reparto ao meio
com quatro eu faço a base
com cinco eu não me atraso
com seis obra singela
com sete porta e janela
com oito eu chego o barro
com nove enripo e amarro
com dez estou dentro dela.

Como eu faço ligeiro uma casa - João Olegário Batista ( Padre Olegário )

Como eu faço ligeiro uma casa

Com um eu pego na casa
com dois eu levanto o entelho
com três reparto ao meio
com quatro eu faço a base
com cinco eu não me atraso
com seis obra singela
com sete porta e janela
com oito eu chego o barro
com nove enripo e amarro
com dez estou dentro dela.

João Olegário Batista ( Padre Olegário )

Saudades - João Olegário

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A seca, o carro pipa e a eleição de Araripina
Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes (Pepeta)

I
Ando muito preocupado
Com a atual situação
Parei para pensar
Fazer uma reflexão
Me lembrei da tamborada
Balde, lata amassada
E o carro pipa no portão

II
A poucos anos atrás
Essa cena era frequente
Em cada casa da cidade
Tinha um tambor na frente
Quando o carro chegava
Uma fila se formava
Parecíamos indigentes

III
Tinha a ficha semanal
Aumentando a humilhação
Depois veio a caderneta
Pra fazer a anotação
A água é que não chegava
Toda semana faltava
Era um mal sem salvação

IV
Quando Lagoa do Barro enchia
Tudo era animação
O sertão ficava em festa
Era boa a sensação
Corria água nas torneiras
Parecendo rua em feira
Era uma festa do povão.

V
Aí veio a adutora
O paraíso chegou
A água seria farta
Todo mundo assim pensou
Mas os canos eram finos
A água foi se esvaindo
E o tormento chegou

VI
Voltou o carro pipa
Nego comprando tambor
Reativaram as cisternas
A água mais cara ficou
Tem dia que não tem banho
Pra sair nem me assanho
Porque a torneira secou

VII
Então fico a imaginar
Como será a eleição
Muito carro e pouca água
Maior será a humilhação
Lata d'água na cabeça
Na hora de votar não esqueça
Passado de judiação

SECA

SECA
Geonaldes Elhemberg de Sousa Gomes (Pepeta)

A seca no meu sertão
É fato vivo e presente
Sem chuva, sem plantação
A produção é ausente
E o bravo de pé no chão
Ao sol quente e escaldante

Estiagem, pouca água
As vezes até ausente
Barragem, barro, barreiro...
Morte sempre presente
Ser tão seco Sertão
De seca dura, imponente

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Jurema Preta - Padre Olegário

Jurema Preta
Padre Olegário

lá em casa tem um pau
por nome jurema preta
mais em cima tem uma velha
que está fazendo careta
mais em cima um menino
que está tocando trineta
mais em cima um soldado
que está tocando corneta
mais em cima um criminoso
com um punhal na mão direita
mais em cima tem um rolo
de jibóia e cobra preta
mais em cima tem um ninho
onde a serpente se deita
mais em cima tem um alvo
onde senta as borboletas
mais em cima tem um roçado
onde eu fiz a empreita
mais em cima tem um velho
com um jogo de ancoreta
se você for bom poeta
derrube a jurema preta.

Aguardente eu bebi
emborquei as ancoretas
chamei os trabalhadores
e acabei com a empreita
chamei os bem -ti -vi
pra comer as borboletas
toquei fogo no ninho
onde a serpente se deita
de cacete dei no rolo
de jibóia e cobra preta
prendi o criminoso
com o punhal na mão direita
dei baixa ao soldado
pra não tocar mais corneta
de cipó dei no menino
pra não tocar mais trineta
de cacete dei na velha
pra não fazer mais careta
de machado dei no pau
e derrubei a jurema preta.

Procura-se o amor


Procura-se o amor

O amor se escondeu
a paixão foi procurar
procurou no coração
no coração não está
chamou a felicidade
pra ajudá-la encontrar.

Foi procurar na beleza
na casa da ilusão
procurou na simpatia
e tambem na solidão
talvez esteja escondido
na rua da gratidão.

Chamou a sinceridade
também chamou o perdão
a bondade também foi
procurar com a razão
foi também a alegria
a saudade e a compaixão.

O amor não tá no ódio
jamais iria pra lá
pensou a delicadeza
ajudando a procurar
a lealdade chegou
e trouxe paz para ajudar.

Foi também a confiança
a liberdade o prazer
procurar na emoção
ela não soube dizer
onde estaria o amor
que cismou de se esconder

Perguntou à caridade
foi na casa da esperança
também não estava lá
procuraram na lembrança
e descobriram o amor
nos olhos de uma criança.

Perguntaram ao amor
o que ele fazia lá
sorrindo o amor respondeu,
estou em todo lugar
a verdade é que vocês
não sabem me procurar.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O vaqueiro Nordestino

Vaqueiro é um termo que designa pessoa responsável por cuidar de um rebanho de gado, de modo análago à concepção americana do cowboy. No Brasil, o vaqueiro faz uso de indumentária própria feita de couro, composta por Perneira (calça), Gibão (Jaqueta), Chapéu(de couro), Peitoral (Avental), Luvas e Botas. O couro protege a pele do vaqueiro contra queimaduras vindas do Sol e dos galhos e espinhos das árvores da caatinga.

[editar]Características

O Vaqueiro pode cuidar do seu próprio rebanho, porém o mais comum, é que o mesmo seja empregado de uma fazenda onde vive como "morador". O mesmo tem comopagamento do seu trabalho um salário específico ou "tirar a sorte" na produção, onde, de forma previamente acertada com o fazendeiro, um percentual dos filhotes que nascerem, serão propriedade do vaqueiro; por exemplo: a cada quatro filhotes um é propriedade do vaqueiro, podendo este, criar, vender trocar ou fazer qualquer outro negócio com a sua produção. A cada ano o gado é separado, contado e tirado o que cabe para uma das partes. Este evento é conhecido popularmente como "Festa de apartação".

Uma das características do Vaqueiro é que, além de ser um homem muito trabalhador, também tem que ser um homem destemido na luta com os animais. Muitas vezes, para arrebanhar o gado, é necessário amarrar a rês desgarrada ou prender algum dos animais que estejam postos à venda, sendo necessário, para isto, a "pega do boi na caatinga" utilizando apenas o cavalo e usando a indumentária acima citada. Estando montado a cavalo, ao encontrar a rês desgarrada, corre atrás desta por entre a vegetação da caatinga e puxando o boi pelo rabo o derruba ao solo e rapidamente o amarra. Após "arreiar o boi" (por arreios) com uma careta (peça feita de couro colocada na frente a cabeça da rês para só permitir que a mesma enxergue com a visão lateral), uma peia (amarrar uma corda unindo uma pata dianteira à pata traseira do mesmo lado impedindo passadas largas) e colocando um cambão (tora comprida de madeira medindo aproximadamente 1,5m de comprimento e 15 cm de diâmetro que, ao ser amarrada no pescoço se posiciona entre as patas dianteiras) impedindo que o boi possa correr e o leva para o curral da fazenda. Esta prática expõe os vaqueiros a muitos acidentes na lida com o gado. Da "Pega de boi na caatinga" é que se originou o Esporte Vaqueijada ou Vaquejada, onde hoje, não só os vaqueiros propriamente ditos, como também vaqueiros esportistas o praticam em arenas apropriadas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O amor segundo Cecília Meireles


O amor segundo Cecília Meireles

Discografia e sucessos de Luiz Gonzaga - O Rei do Baião



Sucessos

  • A dança da moda, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
  • A feira de Caruaru, Onildo Almeida (1957)
  • A letra I, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
  • A morte do vaqueiro, Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho (1963)
  • A triste partida, Patativa do Assaré (1964)
  • A vida do viajante, Hervé Cordovil e Luiz Gonzaga (1953)
  • Acauã, Zé Dantas (1952)
  • Adeus, Iracema, Zé Dantas (1962)
  • Á-bê-cê do sertão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
  • Adeus, Pernambuco, Hervé Cordovil e Manezinho Araújo (1952)
  • Algodão, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
  • Amanhã eu vou, Beduíno e Luiz Gonzaga (1951)
  • Amor da minha vida, Benil Santos e Raul Sampaio (1960)
  • Asa-branca, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
  • Assum-preto, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
  • Ave-maria sertaneja, Júlio Ricardo e O. de Oliveira (1964)
  • Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)
  • Baião da Penha, David Nasser e Guio de Morais (1951)
  • Beata Mocinha, Manezinho Araújo e Zé Renato (1952)
  • Boi bumbá, Gonzaguinha e Luiz Gonzaga (1965)
  • Boiadeiro, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)
  • Cacimba Nova, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
  • Calango da lacraia, Jeová Portela e Luiz Gonzaga (1946)
  • O Cheiro de Carolina, - Sua Sanfona e Sua Simpatia - Amorim Roxo e Zé Gonzaga (1998)
  • Chofer de praça, Evaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)
  • Cigarro de paia, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1951)
  • Cintura fina, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
  • Cortando pano, Jeová Portela, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
  • De Fiá Pavi (João Silva/Oseinha) (1987)
  • Dezessete légua e meia, Carlos Barroso e Humberto Teixeira (1950)
  • Feira de gado, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
  • Firim, firim, firim, Alcebíades Nogueira e Luiz Gonzaga (1948)
  • Fogo sem fuzil, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
  • Fole gemedor, Luiz Gonzaga (1964)
  • Forró de Mané Vito, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
  • Forró de Zé Antão, Zé Dantas (1962)
  • Forró de Zé do Baile, Severino Ramos (1964)
  • Forró de Zé Tatu, Jorge de Castro e Zé Ramos (1955)
  • Forró no escuro, Luiz Gonzaga (1957)
  • Fuga da África, Luiz Gonzaga (1944)
  • Hora do adeus, Luiz Queiroga e Onildo Almeida (1967)
  • Imbalança, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
  • Jardim da saudade, Alcides Gonçalves e Lupicínio Rodrigues (1952)
  • Juca, Lupicínio Rodrigues (1952)
  • Lascando o cano, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
  • Légua tirana, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
  • Lembrança de primavera, Gonzaguinha (1964)
  • Liforme instravagante, Raimundo Granjeiro (1963)
  • Lorota boa, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
  • Moda da mula preta, Raul Torres (1948)
  • Moreninha tentação, Sylvio Moacyr de Araújo e Luiz Gonzaga (1953)
  • No Ceará não tem disso, não, Guio de Morais (1950)
  • No meu pé de serra, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
  • Noites brasileiras, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1954)
  • Numa sala de reboco, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1964)
  • O maior tocador, Luiz Guimarães (1965)
  • O xote das meninas, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)
  • Ô véio macho, Rosil Cavalcanti (1962)
  • Obrigado, João Paulo, Luiz Gonzaga e Padre Gothardo (1981)
  • O fole roncou, Luiz Gonzaga e Nelson Valença (1973)
  • Óia eu aqui de novo, Antônio Barros (1967)
  • Olha pro céu, Luiz Gonzaga e Peterpan (1951)
  • Ou casa, ou morre, Elias Soares (1967)
  • Ovo azul, Miguel Lima e Paraguaçu (1946)
  • Padroeira do Brasil, Luiz Gonzaga e Raimundo Granjeiro (1955)
  • Pão-duro, Assis Valente e Luiz Gonzaga (1946)
  • Pássaro carão, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1962)
  • Pau-de-arara, Guio de Morais e Luiz Gonzaga (1952)
  • Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
  • Pé de serra, Luiz Gonzaga (1942)
  • Penerô xerém, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1945)
  • Perpétua, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1946)
  • Piauí, Sylvio Moacyr de Araújo (1952)
  • Piriri, Albuquerque e João Silva (1965)
  • Quase maluco, Luiz Gonzaga e Victor Simon (1950)
  • Quer ir mais eu?, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1947)
  • Quero chá, José Marcolino e Luiz Gonzaga (1965)
  • Padre sertanejo, Helena Gonzaga e Pantaleão (1964)
  • Respeita Januário, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
  • Retrato de Um Forró,Luiz Ramalho e Luiz Gonzaga (1974)
  • Riacho do Navio, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1955)
  • Sabiá, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1951)
  • Sanfona do povo, Luiz Gonzaga e Luiz Guimarães (1964)
  • Sanfoneiro Zé Tatu, Onildo Almeida (1962)
  • São-joão na roça, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1952)
  • Siri jogando bola, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1956)
  • Tropeiros da Borborema, Raimundo Asfora / Rosil Cavalcante
  • Vem, morena, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
  • Vira-e-mexe, Luiz Gonzaga (1941)
  • Xanduzinha, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
  • Xote dos cabeludos, José Clementino e Luiz Gonzaga (1967)

Discografia

  • 1956 - Aboios e Vaquejadas
  • 1957 - O Reino do Baião
  • 1958 - Xamego
  • 1961 - Luiz "LUA" Gonzaga
  • 1962 - Ô Véio Macho
  • 1962 - São João na Roça
  • 1963 - Pisa no Pilão (Festa do Milho)
  • 1964 - A Triste Partida
  • 1964 - Sanfona do Povo
  • 1965 - Quadrilhas e Marchinhas Juninas
  • 1967 - O Sanfoneiro do Povo de Deus
  • 1967 - Óia Eu Aqui de Novo
  • 1968 - Canaã
  • 1968 - São João do Araripe
  • 1970 - Sertão 70
  • 1971 - O Canto Jovem de Luiz Gonzaga
  • 1971 - São João Quente
  • 1972 - Aquilo Bom!
  • 1972 - Volta pra Curtir (Ao Vivo)
  • 1973 - A Nova Jerusalém
  • 1973 - Sangue de Nordestino
  • 1973 - Luiz Gonzaga
  • 1974 - Daquele Jeito...
  • 1974 - O Fole Roncou
  • 1976 - Capim Novo
  • 1977 - Chá Cutuba
  • 1978 - Dengo Maior
  • 1979 - Eu e Meu Pai
  • 1979 - Quadrilhas e Marchinhas Juninas, vol. 2 - Vire Que Tem Forró
  • 1980 - O Homem da Terra
  • 1981 - A Festa
  • 1981 - A Vida do Viajante - Gonzagão e Gonzaguinha
  • 1982 - Eterno Cantador
  • 1983 - 70 Anos de Sanfona e Simpatia
  • 1984 - Danado de Bom
  • 1984 - Luiz Gonzaga & Fagner
  • 1985 - Sanfoneiro Macho
  • 1986 - Forró de Cabo a Rabo
  • 1987 - De Fiá Pavi
  • 1988 - Aí Tem
  • 1988 - Gonzagão & Fagner 2 - ABC do Sertão
  • 1989 - Vou Te Matar de Cheiro
  • 1989 - Aquarela Nordestina
  • 1989 - Forrobodó Cigano
  • 1989 - Luiz Gonzaga e sua Sanfona, vol. 2