Me acuda seu dotô - Geonaldes E. de S. Gomes (Pepeta) Abril de 2012
I
Meu barrero tá secano
Já tô cum os pé rachado
... O pau do galão ta torto
Meu ombro já inchado
O inverno num chegô
Me acuda seu dotô
Qui nois tamo é lascado
Meu barrero tá secano
Já tô cum os pé rachado
... O pau do galão ta torto
Meu ombro já inchado
O inverno num chegô
Me acuda seu dotô
Qui nois tamo é lascado
II
Nunca mais eu tinha vido
Uma seca tão feroz
Os animá se acabano
Fraquejo o galaroz
O aimoço é só cuscuz
Rezo e peço pela cruz
Pro siô ajudá nois
III
Sei que o siô se alembra
Qui eu já fui li pidir
Água lá do seu barrero
Pra eu e pros meu vizim
Mais foi na seca passada
Cuma aqui num mudô nada
Tonemo voltar aqui
IV
Sem água nois passa sede
Sem chuva nois passa fome
Inda aparece os politico
Dizenno que são bom homi
Cumvessa que infeitiça
Trepado num carro pipa
Ingana os besta e some
V
Intonse seu dotô
Atenda a suplicação
Faça um grande barrero
Que atenda a população
Que nôta seca eu garanto
Num terá fome nem pranto
E num le porcuro mais não!
Nunca mais eu tinha vido
Uma seca tão feroz
Os animá se acabano
Fraquejo o galaroz
O aimoço é só cuscuz
Rezo e peço pela cruz
Pro siô ajudá nois
III
Sei que o siô se alembra
Qui eu já fui li pidir
Água lá do seu barrero
Pra eu e pros meu vizim
Mais foi na seca passada
Cuma aqui num mudô nada
Tonemo voltar aqui
IV
Sem água nois passa sede
Sem chuva nois passa fome
Inda aparece os politico
Dizenno que são bom homi
Cumvessa que infeitiça
Trepado num carro pipa
Ingana os besta e some
V
Intonse seu dotô
Atenda a suplicação
Faça um grande barrero
Que atenda a população
Que nôta seca eu garanto
Num terá fome nem pranto
E num le porcuro mais não!
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